topografia
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia
é como uma estaca
atravessando o córtex e o
abdome com felpas
espinhentas sem nome
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia
antanho de distâncias
fado vezes afônico
e cuspido do circo vital
- fruto já sem casca
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia(lau siqueira – série Poesia Sim. Poemas que podem ser mudados ou mesmo excluídos a qualquer tempo)
ESCREVER ENTRE OS CAMINHOS
Concordo com Edgar Morin, quando diz “Não escrevo de uma torre que me separa da vida, mas de um redemoinho que me joga em minha vida e na vida” (em Meus Demônios). Todo poema é produto de uma circunstância. Seja ela emocional, intelectual ou difusa. Algumas vezes parece que o poema bebe nessas três fontes. E arrebenta as emoções de quem escreve ou lê, em cada palavra; e lapida com rigor as madeixas do excesso... mas, principalmente, todo poema é um mergulho num absurdo abismo, onde não sabemos o que será e se o que fica. Todo poema é sempre um eterno e incon…
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia
é como uma estaca
atravessando o córtex e o
abdome com felpas
espinhentas sem nome
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia
antanho de distâncias
fado vezes afônico
e cuspido do circo vital
- fruto já sem casca
toda dor
tem seu curso
final e sua primaz
agonia(lau siqueira – série Poesia Sim. Poemas que podem ser mudados ou mesmo excluídos a qualquer tempo)
ESCREVER ENTRE OS CAMINHOS
Concordo com Edgar Morin, quando diz “Não escrevo de uma torre que me separa da vida, mas de um redemoinho que me joga em minha vida e na vida” (em Meus Demônios). Todo poema é produto de uma circunstância. Seja ela emocional, intelectual ou difusa. Algumas vezes parece que o poema bebe nessas três fontes. E arrebenta as emoções de quem escreve ou lê, em cada palavra; e lapida com rigor as madeixas do excesso... mas, principalmente, todo poema é um mergulho num absurdo abismo, onde não sabemos o que será e se o que fica. Todo poema é sempre um eterno e incon…