VIDAS
SALOBRAS
entre o acaso e o espanto
caminhamos pelos dias
atravessando distâncias
numa firmeza dissonante
sem identidade ou disfarce
pisoteando sombras
recolhendo as pegadas
para não perder o caminho
(viver é um prumo
em desalinho)
canção medieval numa
modernidade incerta
as portas abertas do inferno
e as gôndolas do paraíso
as plenitudes migratórias
do purgatório e a santidade
do estilo
nosso espelho é um país
em chamas
refletido na grama dizimada
pelo reverso das calmarias
e as tempestades são pássaros
arruaceiros
fugitivos da própria espécie
nenhuma voz cabe no fatalismo
silencioso das heresias
nas tatuagens tribais
de um povo em debandada
todas as multidões
fazem parte deste imenso
vazio
nascente
como o mistério de um rio
(poema recente, escrito ao acaso e refeito ao acaso)
CONJUNTURA LOUCA – Numa conjuntura como esta que vive nosso país e de certa forma o mundo, tanto a direita quanto a esquerda acham que estão avançando. Mas, na realidade tudo acontece como um…
entre o acaso e o espanto
caminhamos pelos dias
atravessando distâncias
numa firmeza dissonante
sem identidade ou disfarce
pisoteando sombras
recolhendo as pegadas
para não perder o caminho
(viver é um prumo
em desalinho)
canção medieval numa
modernidade incerta
as portas abertas do inferno
e as gôndolas do paraíso
as plenitudes migratórias
do purgatório e a santidade
do estilo
nosso espelho é um país
em chamas
refletido na grama dizimada
pelo reverso das calmarias
e as tempestades são pássaros
arruaceiros
fugitivos da própria espécie
nenhuma voz cabe no fatalismo
silencioso das heresias
nas tatuagens tribais
de um povo em debandada
todas as multidões
fazem parte deste imenso
vazio
nascente
como o mistério de um rio
(poema recente, escrito ao acaso e refeito ao acaso)
CONJUNTURA LOUCA – Numa conjuntura como esta que vive nosso país e de certa forma o mundo, tanto a direita quanto a esquerda acham que estão avançando. Mas, na realidade tudo acontece como um…